terça-feira, 19 de junho de 2012

CHICO: O GALO DO JARDIM BOTÂNICO

VOCÊ É VIZINHO DO CHICO? JÁ CONHECE SUA CASA? Posto de gasolina transforma rótula urbana em lar para o galo Chico São 130 quilos de milho ao mês, três vezes por dia. Se o alimento não for dado na hora certa, às 6, às 16 e às 18 horas, o galo Chico vai até o Posto do Darcy, no bairro Jardim Botânico, reclamar.  Essa tem sido a rotina de João Carlos Alencastro e dos funcionários do posto, desde março de 2010. Chico tem uma casinha na rótula da Ivo Corseuil com a Terceira Perimetral para, digamos, aproveitar o dia. A noite ele prefere uma figueira próxima que João Carlos improvisou, com uma lona plástica, para proteger o animal nos dias de chuva. “Chico apareceu aqui do nada, um ano e meio depois que meu pai, Darcy Marcos Alencastro, morreu. Ele construiu esse patrimônio, adorava esse lugar, a natureza (o posto está a poucos metros de distância do Jardim Botânico) e tenho certeza da presença dele aqui, pois o galo é símbolo de perseverança. Só olhar ao redor para ver, por exemplo, como essa mangueira dá frutos, mesmo estando plantada em lugar impróprio”, conta João Carlos, emocionado, ao destacar que a rótula foi adotada pelo posto de gasolina da família e, que em breve, receberá o nome de Rótula Darcy Marcos Alencastro. Instinto animal Chico conhece cada um dos funcionários e, mesmo com toda a proteção humana, sabe se defender, também, dos “desumanos”. “Muitos carroceiros já tentaram pegá-lo, e, outros, se aproximaram para praticar violência. Em todos os casos, o galo sempre foi mais rápido ao buscar abrigo entre nós”, comenta Alencastro. A quantidade de milho oferecida tem uma explicação lógica: todos os dias a grama da rótula fica cinza, tamanha a quantidade de pássaros que vão se alimentar. O mais engraçado é o relógio biológico desses animais: se a comida não é fornecida no horário, eles caminham em bando até o Posto do Darcy. João Carlos Alencastro não recebe ajuda e mantém, tanto o galo como os pássaros, com recursos próprios. “Preservar a natureza não é apenas um bem que se faz ao meio ambiente; é um bem que faz bem à alma”, afirma. Fonte: Assessoria de imprensa da Seda/PMPA